A lancheira
(Trasgo)

Quando eu estava na Pré-escola havia um "piá" lá que vivia batendo, mordendo e beliscando todo mundo. Era o que podemos chamar de Peste. Chamava-se Matheus.
Eu, naquela época era o que podemos chamar de sonso, boca mole. Então, eu sempre levava os tapas, os chutes e ficava quieto. Tá, eu chorava... mas era só.
Até o dia em que meu Pai viu as manchas roxas e o choro e perguntou o que havia acontecido. Em meio a soluços eu expliquei a ele o que o menino fazia com todo mundo. Aí o meu pai resolveu que ia me ensinar. Falou "Ó filho, vc fecha a mão assim e.." e nisso Mamãe interrompeu "Pare com isso! Vai ensinar o guri a brigar?" e ele respondeu "É, Vou". E continuou a aula.
No outro dia, quando cheguei na escola, o piá veio correndo me receber, como fazia todos os dias. Com um chute. Eu tentei o meu primeiro soco, mas não acertei.
Lembro que fiquei o resto da tarde pensando no que fazer, e ao acabar as aulas, eu esvaziei minha lancheira, corri até o parquinho da escola, e coloquei algumas pedras e um pouco de areia dentro dela. Tá, não foi um pouco. Eu soquei a lancheira de coisa. Tinha de tudo. Areia, Brita, Pinha, pedra, folha. Tudo perfeitamente calculado e balanceado.
Pouco depois, o Matheus veio para cima de mim, tentando me morder. E do jeito que veio, foi.
Foi a lancheira voadora. E acertou em Cheio. Bem nas idéias do Matheus.
Só lembro que o menino apagou. Naquela hora pensei que tudo tinha se resolvido. Ele tinha morrido. Eu ia finalmente ter paz. Mas logo ele acordou.
Foi a primeira vez que mamãe foi chamada na escola. E Foi a ultima vez que o piá ficou a menos de 1m de mim.
Naquele dia nascia um Trasgo. :)

Quando eu estava na Pré-escola havia um "piá" lá que vivia batendo, mordendo e beliscando todo mundo. Era o que podemos chamar de Peste. Chamava-se Matheus.
Eu, naquela época era o que podemos chamar de sonso, boca mole. Então, eu sempre levava os tapas, os chutes e ficava quieto. Tá, eu chorava... mas era só.
Até o dia em que meu Pai viu as manchas roxas e o choro e perguntou o que havia acontecido. Em meio a soluços eu expliquei a ele o que o menino fazia com todo mundo. Aí o meu pai resolveu que ia me ensinar. Falou "Ó filho, vc fecha a mão assim e.." e nisso Mamãe interrompeu "Pare com isso! Vai ensinar o guri a brigar?" e ele respondeu "É, Vou". E continuou a aula.
No outro dia, quando cheguei na escola, o piá veio correndo me receber, como fazia todos os dias. Com um chute. Eu tentei o meu primeiro soco, mas não acertei.
Lembro que fiquei o resto da tarde pensando no que fazer, e ao acabar as aulas, eu esvaziei minha lancheira, corri até o parquinho da escola, e coloquei algumas pedras e um pouco de areia dentro dela. Tá, não foi um pouco. Eu soquei a lancheira de coisa. Tinha de tudo. Areia, Brita, Pinha, pedra, folha. Tudo perfeitamente calculado e balanceado.
Pouco depois, o Matheus veio para cima de mim, tentando me morder. E do jeito que veio, foi.
Foi a lancheira voadora. E acertou em Cheio. Bem nas idéias do Matheus.
Só lembro que o menino apagou. Naquela hora pensei que tudo tinha se resolvido. Ele tinha morrido. Eu ia finalmente ter paz. Mas logo ele acordou.
Foi a primeira vez que mamãe foi chamada na escola. E Foi a ultima vez que o piá ficou a menos de 1m de mim.
Naquele dia nascia um Trasgo. :)
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