domingo, 9 de abril de 2006

Eu nunca fui muito afeto de violência. Mas sempre gostei de uma boa bagunça.

O estiligue
pretinho

Na verdade eu só me lembro de ter brigado (ou algo que o valha) por 3 vezes. Coisa de criança. Posso afirmar com orgulho que nessas brigas eu nao bati em ninguém. Nao que tenha apanhado, mas existem outros métodos mais limpos.

Vamos ao estilingue. 5ª série, Colegio Nossa Senhora de Sion. Como todos, eu também participava das guerras de bolinha de papel. Como a sala tinha lugar marcado, era sempre o lado de cá contra o lado de lá.

Eu tinha um estiligue que media uns dois palmos. Ele nem funcionava, porque eu nao tinha braço suficiente para segurar e ainda esticar a borracha. Mas ninguem nunca soube disso. Eu resolvi levar pro colégio, pra intimidar o lado de lá.

Coloquei na mocilha e fui. Quando deu a hora do recreio, começou a guerra. Chamei a atençao pra mim e tirei a gracinha da mochila. O lado de lá debandou tao rapido que eu nem tive tempo de usar minha arma (nao ia funcionar mesmo). Nem tempo de colher os louros dessa vitória eu tive.

O lado de lá trouxe a vice-diretora pra me ver. E eu com a arma na mao e um sorriso enorme no rosto. Ela tomou de mim e chamou os meus pais. Eles contam que vieram todos felizes achando que ela iria me elogiar, como eu era inteligente e responsavel. Dizem que ela mostrou uma foto minha para conferir se estavam falando da mesma pessoa.

Mudar, eu digo que nao mudou nada. Meus pais apenas estiveram preparados pro que veio depois...