Revoluções
(Elfo)

Ultimamente eu venho fazendo revoluções. Não daquelas de armas em punho - o que até me agradaria -, mas pequeninas vitórias sobre a grande vilã arquiinimiga dos designers editoriais: a ABNT.

Logo que eu cheguei aqui, foi um horror. Meu primeiro projeto de livro tinha capítulos começando na página esquerda, o que é, biblioteconomicamente - adorei esta palavra - falando, uma aberração pior que a do dr. Frankenstein.

Passou algum tempo e lá vim eu com outra: títulos com palavras todas em minúsculas. Fui salvo pela chefe à beira do linchamento. Depois foi a vez dos parágrafos sem recuo após os títulos e subtítulos. Para as revisoras, soou quase como xingar a mãe. Houve ainda a revolução da apresentação antes do sumário, do sumário sem subtítulos e, horror!, da fonte corpo 10.

Hoje a luta foi dura, mas a revolução andou mais um passo. Foram derrubadas as versais (vulgas maiúsculas) nos sobrenomes de autor e nas siglas, substituídas pelas elegantes versaletes. Algo assim como bater na mãe e chutar o cachorro.

E que me aguardem os travessões.

(Acho que não fará muito sentido para vocês isso aqui, mas, enfim, esse é meu trabalho.)